A ação consistiu em abandonar uma porta de 1,5 m de largura por 2,5 de altura, com bases fixas de madeira que permitem que ela fique de pé sem a necessidade de paredes, com carpetes com a frase de "sejam bem-vindos", assim como abertura para ambos os lados e dois olhos mágicos (cada um voltado para o lado de fora, para "o outro").
A intenção da obra é provocar uma reflexão espontânea sobre o papel da casa e da rua na vida das pessoas (o lugar do privado e do público), além de servir como um motivo de estranhamento frente à realidade e de transição para outros lugares (a variar conforme a ação/reação do espectador, que será também um criador em sua relação com a porta.). A idéia surgiu da necessidade de pensarmos nossa relação com a cidade (o espaço público) e com nossos lares (o espaço privado), cada vez mais misturados e com reentrâncias, um sujando-se do/no outro.
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