A obra “A PORTA” fez parte do SPA DAS ARTES – RECIFE 07, como um projeto de intervenção urbana – num evento que tem como norte a idéia de uma arte contemporânea que dialogue com o espaço urbano, com a vida da cidade, as ruas. Nesse caso, nossa proposta inicial foi a de provocar uma reflexão espontânea sobre o papel da casa e da rua na vida das pessoas (o lugar do privado e do público), além de servir como um motivo de estranhamento frente à realidade e de transição para outros lugares (a variar conforme a ação/reação do espectador, que será também um criador em sua relação com “A PORTA”). A idéia surgiu da necessidade de pensarmos nossa relação com a cidade (o espaço público) e com nossos lares (o espaço privado), cada vez mais misturados e com reentrâncias, um sujando-se do/no outro.
E agora percorremos o caminho inverso, de volta. A obra “abandona” o espaço urbano para voltar-se para o cubo branco, o espaço das galerias e dos museus, simulando o privado, uma casa que irá acolher uma de suas partes. Essa volta também marca um diálogo entre as duas cidades (Recife e Salvador), com “A PORTA” sendo fotografada nesse novo espaço. Junto com “A PORTA”, ainda no mesmo local onde ela estará exposta, teremos 30 fotos da ação aqui no Recife, para que possamos evidenciar esse percurso da obra, essa transição e esse diálogo entre a rua e a casa, o fora e o dentro. Indo da rua à galeria, “A PORTA” transita entre sistemas distintos, subvertendo lógicas, criando e recriando possibilidades de leituras, atrai sensações e cria possibilidades (“lugares” para onde ir ou de onde sair) diversas ao público que a presencia, vivencia, observa etc.
Outros Registros em:
http://www.mam.ba.gov.br
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